segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Augusto Nunes: prosélito de porta de funerária

Não são necessariamente com as mesmas coisas que a mídia, de um lado, e o resto do mundo, de outro, acham que vale a pena se preocupar de verdade no Brasil de hoje, nessa temporada de tumultos aberta pela desfaçatez de alguns veículos de comunicação e que continua rolando, sem perspectiva clara de acabar. Naturalmente, ninguém gosta do que está acontecendo, desse eterno anúncio da morte clínica do Brasil.

por Osvaldo Bertolino
no blog O Outro Lado da Notícia



Certos jornalistas despudorados — espécie que predomina na revista Veja — fazem do abuso da paciência alheia sua plataforma política contra os dirigentes com responsabilidade de tomar decisões no país, contra as empresas sérias ou, simplesmente, contra o cidadão que tem de sair de casa todos os dias para trabalhar.

Na impossibilidade de dialogar com esse mundo real, esses jornalistas despudorados optam por vergastar o governo com sarcasmo e opiniões corrosivas.

Augusto Nunes e sua molecagem com o Blog da Dilma é o melhor exemplo desse mundo rarefeito.

Sem o chão firme para se apoiar, ele vai para o delírio — um misto de idiotice e provocação, como neste texto. Augusto Nunes passa recibo para a constatação de que o mundo real olha para o caixa, para o mercado e para o emprego enquanto a mídia é algo que se pode ler, ver e ouvir para deplorar. Ela é como arquibancada em jogo de futebol, que fica vaiando o juiz mas não influi no resultado.

A mídia vive em atividade política absolutamente frenética — mas, no fundo, não é capaz de fazer acontecer nada. O país real sabe muito bem disso, por experiência e intuição, e, como nenhuma de suas necessidades básicas está sendo tratada nas páginas dos jornais e revistas, no rádio e na televisão, tenta colocar o foco no que realmente pode fazer diferença: o dinamismo do governo.

A visão de fora do Brasil é muito similar. Neste final de ano, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser lembrado como o cara que assombra o mundo.

E, aí, o fio condutor do debate é a lista de prós e contras que a situação do país oferece.

O Brasil de hoje, de modo geral, mostra o proverbial copo com água pela metade. De um lado, é um ambiente inóspito para uma meia-dúzia de prosélitos de porta de funerária, como Augusto Nunes. De outro, abre portas para o povão, mostrando caminhos nunca antes vistos na história desse país.

Esses adoradores do caos odeiam o Estado que funciona todos os dias, todas as horas, de maneira a facilitar a vida desse povão citado acima. O Bolsa-Família, a transposição das águas do Rio São Francisco, o PAC, os empregos, as rendas — a lista vai por aí afora, e põe afora nisso — tiram dessa gente que a mídia representa as bases que pareciam eternas da estrutura social mentalmente apegada à Colônia.

E gente como Augusto Nunes, que já esgotou seu repertório de asneiras, transforma-se em bocós, como mostra o texto linkado acima. É uma lástima, uma tragédia que gente assim se proponha a debater política. Não tem como. Falta a tradicional compostura que a ocasião exige.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Altamiro Borges : Psicólogos internam o pitbul da Veja

 No Blog do Miro:

Na sua edição de 18 de novembro, a revista Veja acionou o seu pitbul para atacar a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá de 14 a 17 de dezembro. O panfleto da famíglia Civita nem sequer se dignou a informar aos seus leitores sobre o significado desta iniciativa. O silêncio da mídia sobre a Confecom é repugnante. Ao invés de informar, a revista preferiu rosnar e ninguém melhor (ou pior) do que o pitbul amestrado para isto. Basta lhe dar um osso!

No artigo “Porky’s contra a liberdade”, o colunista cometeu novamente seus exageros raivosos. “Um das propostas encaminhadas à Confecom pelo Conselho Federal de Psicologia é proibir a propaganda com pessoas de cabelos alisados”, ironizou. Ventríloquo de FHC, ele repetiu a besteira reacionária do “subperonismo lulista” para atacar a conferência, que só teria o apoio da “CUT, Abragay [haja preconceito!] e do Conselho Federal de Psicologia”. Ele também destila o seu ódio tacanho contra Franklin Martins e Dilma Rousseff. 

“Interpretação desonesta”

As asneiras preconceituosas e reacionárias do pitbul da Veja desta vez, porém, não ficaram sem resposta. O Conselho Federal de Psicologia divulgou nota criticando o texto. Só faltou solicitar a imediata internação deste sujeito patético. Reproduzo abaixo a nota:

Apesar de lamentável, não causa surpresa a interpretação de Diogo Mainardi sobre os temas apresentados pelo Conselho Federal de Psicologia para debate na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, publicada na coluna de Mainardi na edição 2139 da revista Veja.

O CFP reafirma suas propostas, que têm como eixo a necessidade de controle público sobre os meios de comunicação, entendido não como censura, como sugere Mainardi, mas como a existência de mecanismos para que a sociedade tenha incidência sobre como a mídia, importante elemento na formação das subjetividades das pessoas na contemporaneidade, produz e reproduz idéias, comportamentos e visões de mundo.

No texto que recebe a interpretação distorcida de Mainardi, o CFP aponta o papel dos meios de comunicação no reforço de um padrão estético único, que busca anular as variedades de formas de ser, de parecer, delimitando as características físicas reconhecidas como legítimas. Padrões de beleza inalcançáveis geram conflitos, sofrimentos, baixa auto-estima, transtornos de toda ordem.

No que se refere à proposta do CFP para a discussão das relações entre mídia e trânsito, de fato o CFP questiona a ode da publicidade à velocidade, comprovadamente relacionada ao problema dos acidentes e mortes no trânsito. Também propõe que se debata o papel da mídia na construção social do predomínio do transporte individual sobre o coletivo – mais ambientalmente sustentável, mais viável para as grandes cidades, como é amplamente sabido. Infelizmente, o recorte escolhido pelo colunista apenas ironiza esta importante discussão, que ao cabo questiona o fato de a publicidade no Brasil ser auto-regulada, sem que haja qualquer mecanismo de participação da sociedade neste tema que a concerne.

Não fosse a conhecida má vontade do colunista com qualquer movimento social, seria possível achar que houve dificuldades de interpretação. Mas não nos iludiremos a este ponto. Críticas às propostas podem ser feitas e são bem vindas. Interpretações desonestas que visam a confundir os leitores só refletem a qualidade do jornalismo da grande mídia brasileira. Não era de se esperar outra reação de Mainardi e de Veja à Confecom.

As duas caras da Veja sobre o 'austero' Arruda

No Portal Vermelho:


A revista Veja chega às bancas neste sábado (5) com um exemplo talvez imbatível de confiança na falta de miolos e memória de seus leitores. Crucifica como "estrela" de "um dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história" o mesmo governador de Brasília que, na edição de 15 e julho último, era apresentado como modelo "de austeridade" e de que "é possível ser popular sem ceder às tentações do populismo".

A capa desta semana: pedras no 'austero' de julho
A edição de julho, trazendo nas Páginas Amarelas a entrevista laudatória com o governador José Roberto Arruda, do DEM, saiu "no mesmo dia em que o GDF [Governo do Distrito federal] fechava R$ 450 mil em compra de assinatura da revista Veja para a rede escolar", conforme recordou o jornalista Luis Nassif, em seu portal.

Naquela edição, o bandido corrupto de turno era o senador José Sarney (PMDB-AP). Ele aparecia na capa em uma foto com com os olhos vítreos; ao lado, a afirmação de que tinha "muito a explicar", pois documentos descobertos no Banco Santos "mostram uma conta secreta de US$ 870 mil movimentada em favor de José Sarney".

Afora a informação relevante, agregada por Nassif logo que estourou o escândalo brasiliense, tudo mais está na própria Veja. Em tempos de revolução informacional, o internauta não precisará nem vasculhar algum arquivo empoeirado para atestar a desfaçatez – que nem sequer vem acompanhada de uma tentativa de explicação como as colocadas na moda pela Folha de S.Paulo.

Recupere aqui a entrevista de julho, onde o jornalista Otávio Cabral levanta a bola para Arruda dizer que seu limite "é o limite ético. É não dar mesada, não permitir corrupção endêmica, institucionalizada. Sei que existe corrupção no meu governo, mas sempre que eu descubro há punição.

E compare agora com a revista deste fim de semana, onde Veja descreve "os quadrilheiros" da "turma do panetone" e "as cenas chocantes" e "acachapantes"do "esquema de corrupção montado no governo do DF".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Hora do Povo: Governo de SP usa o Erário para fornecer mensalão ao grupo Abril


Do Jornal Hora do Povo


Em nossa edição do último dia 4, apontamos o assalto, injustificável pelos critérios da boa governança, do grupo Civita/Abril na venda de livros didáticos ao MEC. Basta relembrar que, de 2004 a 2008, esse grupo foi o que mais recebeu dinheiro nessas vendas ao MEC - R$ 719.630.139,55, o que significa que recebeu, sozinho, mais de um quinto, 22,45% do que foi dispendido pelo Ministério na compra de livros didáticos, de longe o principal gasto do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Obviamente, esse grupo está sustentando às custas do dinheiro público a sua atividade golpista e anti-social, sobretudo o seu panfleto partidário semanal, mal chamado de “Veja”.

Agora, o jornalista Altamiro Borges, editor do site “Vermelho”, em artigo intitulado, apropriadamente, “Pela imediata privatização da revista Veja”, publicado em seu blog, trouxe novos subsídios para o conhecimento do assalto perpetrado pelo grupo Civita/Abril ao dinheiro que a população paga em impostos.

“Numa conversa descontraída no aeroporto de Brasília”, escreve Altamiro, “o irreverente Sérgio Amadeu, professor da Faculdade Cásper Libero e uma das maiores autoridades brasileiras em internet, deu uma ideia brilhante. Propôs o início imediato de uma campanha nacional pela privatização da Veja. Afinal, a poderosa Editora Abril, que publica a revista semanal preferida das elites colonizadas, sempre pregou a redução do papel do Estado, mas vive surrupiando os cofres públicos. ‘Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência’, prognosticou Serginho”.

Depois de lembrar a nossa denúncia sobre a compra de livros didáticos pelo MEC, prossegue o jornalista:

“Já da parte de governos demo-tucanos, o apoio à famiglia Civita é perfeitamente compreensível. Afinal, a Editora Abril é hoje o principal quartel-general da oposição golpista no país e a revista Veja é o mais atuante e corrosivo partido da direita brasileira. Não é de se estranhar suas relações promíscuas com o presidenciável José Serra e outros expoentes do PSDB-DEM. Recentemente, o Ministério Público Estadual acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.

“A compra de 220 mil assinaturas representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do ‘barão da mídia’ Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao grupo direitista. José Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do ‘Guia do Estudante’, outra publicação da Abril. Como observa o deputado Ivan Valente, ‘cada vez mais, a editora ocupa espaço nas escolas de São Paulo. Isso totaliza, hoje, cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada, considerando apenas o segundo semestre de 2008’”.

Baseado em pesquisa efetuada pelo blog NaMariaNews (uma excelente fonte de informações sobre os negócios do atual governo paulista na área de educação), continua o jornalista:

“Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico ‘mensalão’ pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras, como Globo e Folha. Os dados são impressionantes e reforçam a sugestão de Sérgio Amadeu da deflagração imediata da campanha pela ‘privatização’ da revista Veja”.

Na tabela ao lado, resumimos a pesquisa do NaMariaNews - que, como diz Altamiro, são apenas “algumas mamatas do Grupo Civita”:

“- DO [Diário Oficial] de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual de ensino. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara ‘inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola’.

“- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.

“- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.

“- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.

“- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.

“- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.

“- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.

“- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.

“- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.

“- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009”.

Observe-se que com aquisições de apenas quatro publicações, supostamente pedagógicas, e mais as assinaturas da “Veja”, o governo do sr. Serra transferiu, dos cofres públicos para os cofres do grupo Civita, R$ 34.704.472,52 (34 milhões, 704 mil, 472 reais e 52 centavos).

Isso, sim, é que pode ser chamado de “mensalão”, diz o jornalista, em vez dos corriqueiros problemas de caixa de campanha de tal ou qual parlamentar. Embora, é forçoso reconhecer que o grupo Civita, essa fachada da associação entre a Viacom americana e os racistas sul-africanos do grupo Naspers, não é a única quadrilha golpista a ser beneficiada por Serra. Como conclui o jornalista Altamiro Borges:

“Para não parecer perseguição à asquerosa revista Veja, cito alguns dados do blog sobre a compra de outras publicações. O Diário Oficial de 12 de maio passado informa que o governo José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, que desde a ‘ditabranda’ viu desabar sua credibilidade e perdeu assinantes. Valor da generosidade tucana: R$ 2.704.883,60. Já o DO de 15 de maio publica a compra de 5.449 assinaturas do jornalão oligárquico O Estado de S.Paulo por R$ 2.691.806,00. E o de 21 de maio informa a aquisição de 5.449 assinaturas da revista Época, da Globo, por R$ 1.190.061,60".

Com efeito, isso é que é mensalão...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Presidenciável da Veja: Serra desaba como “castelo de areia”

No Blog do Miro:

A mídia golpista não teve mesmo como esconder as podridões do demo José Roberto Arruda. Os vídeos da Polícia Federal são demolidores. Até o Correio Braziliense e a Veja, que recentemente foram presenteados com contratos milionários de compra de assinaturas pelo governo do Distrito Federal, tiveram que triscar o assunto. A sujeira poderia, até, respingar nestes veículos! Mas, ao mesmo tempo, a mídia hegemônica faz de tudo para abafar outro caso suspeito de corrupção, que envolve diretamente o principal presidenciável tucano, o governador paulista José Serra.

A Polícia Federal divulgou na semana passada alguns documentos comprometedores da chamada “Operação Castelo de Areia” – nome bem apropriado para o candidato tucano. Uma das peças da investigação policial indica que influentes políticos do PSDB de São Paulo receberam propina da construtora Camargo Corrêa. A Folha do final de semana simplesmente ofuscou o caso. O jornal golpista da famíglia Frias preferiu abrir as suas páginas para as acusações levianas de um ex-petista rancoroso contra o presidente Lula, acusado sem provas e sem escrúpulos de tentativa de estupro.

O Estadão e o “Palácio Band”

Já o Estadão, que nunca escondeu sua adesão a José Serra, abordou o tema sem maior alarde – a se fosse uma suspeita contra qualquer político da base de apoio do governo Lula. Mesmo assim, o jornal da famíglia Mesquita se fingiu de morto ao citar a expressão “Palácio Band”, que surge numa das planilhas apreendidas pela Polícia Federal. Ele evitou explicar que a expressão é uma nítida referência ao Palácio dos Bandeirantes, local onde reside e governa o grão-tucano Serra.

O título da notinha também é maroto. “Documentos indicam mesada de empreiteira a políticos”. Não há qualquer referência ao PSDB – imagine se os tais políticos fossem de qualquer partido de esquerda. No corpo da matéria, o partido de Serra também é poupado. O jornal sequer alerta que um dos acusados de receber propina, o secretário Aloísio Nunes, é o preferido do grão-tucano para substituí-lo no “Palácio Band”. Vale à pena reproduzir alguns trechos da reportagem:

“Aloísio Nunes, US$ 15.780”

“A Polícia Federal concluiu a Operação Castelo de Areia – investigação sobre evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo executivos da Construtora Camargo Corrêa – e anexou ao relatório documento que pode indicar suposto esquema de pagamentos mensais a parlamentares e administradores públicos e doações ‘por fora’ para partidos políticos. O dossiê é formado por 54 planilhas que sugerem provável contabilidade paralela da empreiteira (...)”.

“Os repasses teriam ocorrido em favor de deputados federais, senadores, prefeitos e servidores municipais e estaduais. Em quatro anos a empreiteira desembolsou R$ 178,16 milhões. Em 1995, segundo os registros, ela pagou R$ 17,3 milhões. Em 1996, R$ 50,54 milhões. Em 1997, R$ 41,13 milhões. No ano de 1998, R$ 69,14 milhões. O que reforça a suspeita de caixa 2 é o fato de que os números alinhados aos nomes dos supostos beneficiários estão grafados em dólares, com a taxa do dia e a conversão para reais”.

“Na página 54, há quatro lançamentos em nome do deputado Walter Feldman (PSDB-SP). Cada registro tem o valor de US$ 5 mil, somando US$ 20 mil entre 13 de janeiro e 14 de abril de 1998. À página 21, outros 12 lançamentos associados ao nome Feldman, entre 26 de janeiro e 23 de dezembro de 1996 – US$ 5 mil por mês... Em outro arquivo, na página 18, valores ao lado da expressão ‘Palácio Band’ – 4 anotações, entre 8 de fevereiro e 30 de setembro de 1996, somando US$ 45 mil, ou R$ 46.165. Na última planilha, na página 54, constam nove registros, um assim descrito: "14 de setembro de 1998, campanha política, Aloísio Nunes, US$ 15.780’”.

Serra, o candidato dos Civita à Presidência, foi quem mais lutou pela privatização da Vale, segundo FHC.

Do site Conversa Afiada 

O Governador de São Paulo José Serra sem coragem de defender a priavatização de empresas estatais é desmascarado neste vídeo. O fogo amigo vem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que não dá margem a dúvidas: "O Serra foi um dos que mais lutaram em favor da privatização da Vale".

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Senadora Kátia Abreu e revista inVEJA, tudo a ver!


O texto que segue é do site Conversa Afiada :

A propósito de uma reportagem que Leandro Fortes publicou na Carta Capital, o Conversa Afiada publicou o seguinte post: Kátia, que é inimiga do MST e quer derrubar governadora, compra terra no grito e não planta nada
“Kátia, que é inimiga do MST e quer derrubar governadora compra terra no grito e não planta nada”.
Ontem, por telefone, Paulo Henrique Amorim entrevistou o pequeno proprietário rural Juarez Vieira Reis, de Campos Limpos, Tocantins.
Juarez reafirmou que a união do poder Executivo e do Judiciário de Tocantins o obrigou a abandonar as terras em que vivia com a família desde 1955, sem receber um tostão.
O beneficiário da intervenção foi a então deputada e presidente da associação rural de Tocantins, a hoje senadora Kátia Abreu, que tenta prender o João Pedro Stédile e depor a governadora do Pará.
A Senadora se apropriou das terras, embora tenha ido à casa de Juarez e prometido que não faria nada para prejudicar a família.
Juarez venceu em todas as etapas do Judiciário, mas não consegue reaver as terras.
Ele demonstrou que os documentos que atestavam a sua propriedade – o usucapião – eram legítimos.
A certa altura, uma autoridade disse que ele tinha tomado aquelas terras e Juarez respondeu: “nunca vi pobre tomar terra de rico”.
Enquanto isso, a Senadora não planta no local um pé de feijão.
Juarez calcula que a Senadora, com a desapropriação ilegal, tenha se apossado de 3 mil hectares de terra, num platô da Serra Geral.
Juarez mencionou que, no último sábado, conversou com o Senador João Ribeiro, do PR de Tocantins, e denunciou a injustiça de que é vítima.
Paulo Henrique Amorim conversou ontem à noite com o senador João Ribeiro, por telefone.
Ribeiro confirmou que esteve com Juarez numa solenidade entrega de 100 títulos, em companhia do Senador Eliomar Quintanilha, hoje Secretário de Educação de Tocantins, e José Augusto Pugliesi. Presidente do Instituto de Terra do Tocantins.
Que, de fato, conversou com Juarez.
“Um homem simples”, disse o Senador.
“É uma história de estarrecer !”, disse João Ribeiro.
“Foi um processo brutal (de desapropriação)”, disse.
O Senador anunciou que vai conversar com o Governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) para apurar como foi essa desapropriação das terras de Juarez e ver o que é possível fazer, dentro da Lei.
“Precisamos ver se a terra é ou era dela. É uma história de estarrecer. E ela (Senadora Kátia) não produziu nada: um pé de feijão !”, concluiu o Senador João Ribeiro.